Este blog se destina a divulgação e compartilhamento das atividades realizadas na Escola Municipal José Botelho Pessoa de Senador Canedo- Go.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

PIPOCAS DA VIDA



Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice  e uma dureza assombrosa.

Só que elas não percebem e acham  que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.
Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe,  perder  o emprego ou ficar pobre.

Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!

Sem fogo o sofrimento diminui.
Com isso, a possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.

Não pode imaginar a transformação  que está sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!
E ela aparece como outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.

Elas acham que não pode existir  coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho  que não estoura.

No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.
Não vão se transformar na flor branca,  macia e nutritiva.

Não vão dar alegria para ninguém.
Talvez hoje você não entenda o motivo de estar passando por alguma coisa...
Mas tenha certeza que quanto mais quente o fogo mais rápido a pipoca estoura.

 Rubem Alves

As crianças aprendem o que vive...


Se a criança vive com críticas, ela aprende a condenar;
 Se a criança vive com hostilidade, ela aprende a agredir;
Se a criança vive com zombarias, ela aprende a ser tímida;
Se a criança vive com humilhação, ela aprende a se sentir culpada;
 Se a criança vive com tolerância, ela aprende a ser paciente;
Se a criança vive com incentivo, ela aprende a ser confiante;
 Se a criança vive com elogios, ela aprende a apreciar;
 Se a criança vive com retidão, ela aprende a ser justa;
Se a criança vive com segurança, ela aprende a ter fé;
Se a criança vive com aprovação, ela aprende a gostar de si mesma;
Se a criança vive com aceitação e amizade, ela aprende a encontrar amor no mundo.






                       

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Tudo que eu devia saber aprendi no Jardim de Infância

 

A maioria das coisas que eu realmente precisava aprender sobre como viver, fazer e ser, eu aprendi no Jardim de Infância.

Sapiência não se encontrava no topo da montanha das escolas de pós-graduação, mas no pátio do jardim.

Essas são as coisas que aprendi: compartilhar todas as coisas; “jogue limpo” e não bata nos colegas. Não pegue nada que não seja seu; limpe a bagunça que você fez. Coloque tudo de volta nos seus lugares. Peça desculpas quando você magoar alguém. Sempre dê a descarga e lave as mãos, sobretudo, antes das refeições. Viva uma vida equilibrada: além de trabalhar, desenhe, pinte, cante e dance um pouco todos os dias. Lembre-se também de que leite frio e biscoitos fresquinhos podem ser bons para você.

Tire uma soneca à tarde e, quando sair às ruas, cuidado com o trânsito, dêem as mãos e permaneçam juntos. Cultive a imaginação. Lembre-se da semente de feijão que a professora colocava no vaso de água. As raízes cresciam para baixo e as folhas para cima e ninguém sabia explicar por quê. Nós somos parecidos. Os peixinhos do aquário, os passarinhos da gaiola, as sementes do feijão, todos morrem também.

Recorde-se do grande e melhor conselho da época: Olhe! Olhe ao seu redor! Tudo o que você precisa saber está aí a sua volta. As regras de ouro: paz, amor, ecologia e uma vida saudável.

Imagine como o mundo seria melhor se todos tivessem um lanchinho com leite e biscoitos às 3 da tarde e, em seguida tirassem uma soneca. Imagine se fosse política nacional que todos os cidadãos tivessem que limpar a sua própria bagunça e colocar as coisas de volta em seus lugares. Imagine se todos dessem as mãos e permanecessem juntos.

Robert Fulghum

Adaptado e traduzido por Paulo R. Motta